quarta-feira, 27 de maio de 2015

Regras gerais de pontuação

Pontuação
 REGRAS GERAIS DE PONTUAÇÃO

Regras de pontuação

PONTO
O ponto marca uma pausa completa. Serve para indicar o término de uma oração. O ponto marca também a passagem de um grupo a outro grupo de ideias, bem como encerra um enunciado completo.
Exemplos:
“Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre
foi a minha busca cega e secreta.” (Clarice Lispector, A paixão segundo GH.)
“Dizem que de médico e de louco todos nós temos um pouco.
Devia-se dizer ‘de médico, de louco e de repórter’ para
maior verdade do ditado”. (Érico Veríssimo, Viagem à aurora do mundo.)

PONTO-E-VÍRGULA
É um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula; marca, portanto, uma pausa média. Usa-se quando a pausa não é tão longa ou a ideia tão conclusiva que mereça um
ponto, e nem tão curta para merecer apenas uma vírgula. Serve para:
a) separar, num período, as orações da mesma natureza
que sejam relativamente longas.
Exemplo:
“Como é fácil de verificar, os organismos vivos preferem, é claro, as temperaturas brandas e estão mais adaptados às reações delicadas. É por isso que bem compreendemos a importância da atmosfera primitiva, pesada da poeira dos planetesimais; ela como que acobertou a terra (segundo Chamberlin) contra a intensidade da radiação vinda do exterior e as desigualdades da radiação do interior”.
(Érico Veríssimo, Viagem à aurora do mundo.)
b) separar os diversos itens que compõem as leis, decretos, portarias, códigos etc.
Exemplo:
Código Brasileiro de Trânsito
Capítulo XVI
Das penalidades
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
I - advertência por escrito;
II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veículo;
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.

DOIS-PONTOS
Os dois-pontos assinalam uma pausa bem definida. Servem para marcar:
a) uma citação.
Exemplo:
Em seguida ele declarou: “Diga ao povo que fico!”.
b) uma enumeração explicativa.
Exemplo:
Cheguei de volta à escola e deparei com inúmeras novidades: as paredes pintadas de novo, as carteiras novas em folha, os professores rejuvenescidos, os alunos mais alegres
e inteligentes.
c) um esclarecimento, uma síntese do que foi dito.
Exemplos:
Existe apenas uma saída: estudar muito e passar no vestibular.
“Eu estava atingindo o que havia procurado a vida toda: aquilo que é a identidade mais última e que eu havia chamado de inexpressivo”. (Clarice Lispector, A Paixão Segundo GH.)

PONTO DE INTERROGAÇÃO
JUVENTUDE. A INTERROGAÇÃO
“Mas quem é que sou afinal? E o que é que eu quero? E o que é que vai ser de mim? E Deus, existe? (...) Mas por que é que tem pobres e ricos? Por que é que uns têm tudo e outros não têm nada? (...)”
(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar e outras crônicas, 1995 p. 88-91)
O ponto de interrogação indica uma pergunta.
Exemplos:
Quem comeu o bolo que deixei aqui?
Quem é você, um homem ou um rato?
Atenção: Não se usa o ponto de interrogação em uma pergunta indireta. Veja estes casos:
Que horas são? (pergunta direta)
Diga-me quantas horas são. (pergunta indireta)

PONTO DE EXCLAMAÇÃO
O ponto de exclamação indica uma exclamação, em geral uma expressão de espanto, de surpresa, de alegria, de raiva, de dor, de súplica etc.
Exemplos:
Ai, que dor de dente!
Que susto! Você estava aí?
Normalmente é usado depois de interjeições e imperativos:
Exemplos:
Não suporto mais esse barulho. Saiam daqui!
Humm! Que delícia!

RETICÊNCIAS
As reticências marcam uma interrupção na frase e indicam que a ideia ficou em suspenso, não foi concluída. Expressam hesitação, dúvida, tristeza, alegria, sarcasmo e
outros sentimentos, bem como o corte da frase de um personagem pela interferência de outro.
Exemplos:
“Nos intervalos que nós chamávamos de vazios e tranquilos, e quando pensávamos que o amor parara...” (Clarice Lispector, A Paixão Segundo GH.)
“Não era pecado... Devia ficar alegre, sempre alegre, e esse era um gosto inocente, que ajudava a gente a se alegrar...” (João Guimarães Rosa, A hora e a vez de Augusto Matraga.)
“Macunaíma deitado na jangada lagarteava numa quebreira azul. E o silêncio alargando tudo...” (Mário de Andrade, Macunaíma.)
“– Deus está tirando o saco das minhas costas, mãe Quitéria! Agora eu sei que ele está se lembrando de mim...
– Louvor ao Divino, meu filho!” (João Guimarães Rosa, A hora e a vez de Augusto Matraga.)

ASPAS
As aspas servem para diversos fins:
a) marcar uma citação, uma frase dita por alguém.
Exemplos:
“Nós sabemos, e os fabricantes de pneus também sabem, que os preços não devem cair excessivamente para não desestimular a produção dos seringais”, disse Gerard Loyen,
vice-diretor-executivo da Inro. (O Estado de S. Paulo, 31/3/98.)
“É melhor pagar um pouco mais, que correr o risco de ficar sem estoques no futuro”, disse Attilio Scottie, diretor de Compras da Pirelli, em Milão. “É preciso manter margens razoáveis de lucro aos agricultores para que eles não parem de produzir”, acrescentou o especialista. (O Estado de São Paulo, 31/3/98.)
b) destacar um termo ou uma expressão.
Exemplos:
Estamos nos primeiros estágios da mudança do “trabalho em massa” para um altamente especializado “trabalho de elite”, acompanhada da crescente automação na produção
de bens e serviços. (Folha de S. Paulo, 2/11/97.)
Mas Luíza achava aquela música “espalhafatona”; queria alguma coisa triste, doce...
(Eça de Queirós, O primo Basílio.)
c) indicar palavras ou expressões estrangeiras.
Exemplos:
Domingo fomos comer uma boa “paella” na casa da Rose.
Ele se despediu com um sonoro “chau amore mio”.
d) indicar títulos de obras
Exemplos:
Adoro “Macunaíma”, de Mário de Andrade.
Fomos ao cinema ver “Titanic”.

PARÊNTESES
Os parênteses servem para intercalar, dentro de um texto, as indicações acessórias. Por exemplo:
a) uma explicação.
Exemplo:
“Espero que uma velhice tranquila – no hospital ou na cadeia, com seus longos ócios –, me permita um dia estudar com toda calma a nossa língua, e me penitenciar dos abusos
que tenho praticado contra a sua pulcritude. (Sabem qual o superlativo de pulcro? Isto eu sei por acaso: pulquérrimo! Mas não é desanimador saber uma coisa dessas?
Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela dama: a senhora é pulquérrima? Eu poderia me queixar se o seu marido me descesse a mão?)”
(Rubem Braga, Nascer no Cairo.)
b) uma reflexão, um comentário à margem.
Exemplos:
“Pessoalmente só merecereis o meu desprezo; porque “Juan” (ou ‘Vic’, ou ‘Parsifal’, ou ‘Dr. Cândido’?) (Rubem Braga, Eu, Lúcio de Santo Graal.)
“Tomei um quarto no Hotel Avenida em cima da Galeria Cruzeiro; mas à medida que a Galeria recuava no tempo (os bondes ainda passavam lá por baixo, eu podia ouvir seu ruído de meu quarto) e avançava na idade, completara na véspera 54 anos e não estava muito bem de saúde”. (Rubem Braga, Galeria Cruzeiro.)
“Sem falar neste relógio (quanto vale?), neste canivete preto, neste fumo de rolo e nesta vergonha na cara”. (Rubem Braga, Galeria Cruzeiro.)
c) referências a datas e indicações bibliográficas.
Exemplos:
“Das visões que me perseguiam naquelas noites compridas umas sombras permanecem, sombras que se misturam à realidade e me produzem calafrios”.
(Graciliano Ramos, Angústia.)
“Nestor Benício, dando tempo ao tempo ou imitando o irmão, continuava sem aparecer”.
(Osman Lins, O fiel e a pedra.)
d) indicar siglas.
Exemplos:
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números do censo.
O PT (Partido dos Trabalhadores) vai participar das eleições.
e) para separar as rubricas, ou indicações cênicas, em textos dramáticos.
Exemplo:
Coro (no fundo, canto) – Enforcai os generais. Ao poste com os especuladores.
Roux – Viva a Revolução! (Os quatro cantores e outros pacientes colocam-se ao redor da banheira para uma apoteose. É erguida uma coroa de folhas)
Paciente (no fundo) – Marat, não queremos cavar nossas sepulturas!
(Cena da peça Perseguição e assassinato de Jean-Paul Marat, de Peter Weiss.)

COLCHETES
Colchetes servem para intercalar dados ou expressões já separados por parênteses.
Exemplos:
“Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano.”
(Luis Fernando Verissimo, A metamorfose [p.51].)
Os colchetes são usados com mais frequência nos trabalhos
de linguística e filologia, para indicar uma palavra transcrita foneticamente.
Exemplos:
pais [pays]
tarde [tardi]

TRAVESSÃO
O travessão é basicamente empregado em dois casos: nos diálogos, para indicar as falas dos interlocutores, e num texto, para isolar palavras ou frases.
Exemplos:
“– Que é isso?
– Chouriço!
– Conta o que é.” (Mário de Andrade, Macunaíma.)
“Os ingredientes são: uma porção de caos, duas de confusão e uma pobre mãe exausta – tudo misturado com um cão latindo e balões estourando”. (Luis Fernando Verissimo, Festa de aniversário.)

SÍNTESE DAS REGRAS GERAIS DE PONTUAÇÃO
Muitas vezes, uma pontuação errada muda todo o sentido de uma frase. Por isso, a melhor maneira de saber se estamos pontuando corretamente é reler sempre os textos que escrevemos, frase por frase, dando a entonação correta em cada uma delas. Aqui sintetizamos algumas regras gerais:
a) sempre colocar ponto no final de um período e das frases, mas apenas quando elas encerram uma ideia completa;
b) colocar vírgulas entre os diversos elementos de uma enumeração;
c) não separar por vírgula o sujeito do seu verbo e o objeto direto do seu verbo;
d) sempre que abrir aspas, parênteses ou colchetes, não esquecer de fechá-los em seguida;
e) sempre colocar entre aspas as citações textuais;
f) não colocar ponto-de-interrogação ao término de uma interrogação indireta, sim ponto-final;
g) sempre isolar os apostos por vírgulas;
h) usar apenas as vírgulas necessárias; seu excesso torna o texto truncado e sem ritmo.
REGRAS DE PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como entonação, jogo de silêncio, pausas etc.

Divisão e emprego dos sinais de pontuação:

1- PONTO ( . )

a) indicar o final de uma frase declarativa.
Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) separar períodos entre si.
Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) nas abreviaturas
Ex.: Av.; V. Ex.ª

2- VÍRGULA ( , )

É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Adelanta, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula:
a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa)

A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar o vocativo. Ex.: Maria, traga-me uma xícara de café.
A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.
b) separar alguns apostos. Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.
c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.
Ex.: Chegando de viagem, procurarei por você.
As pessoas, muitas vezes, são falsas.
d) separar elementos de uma enumeração.
Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.
e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.
f) separar conjunções intercaladas.
Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.
g) separar o complemento pleonástico antecipado.
Ex.: A mim, nada me importa.
h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.
Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
i) separar termos coordenados assindéticos.
Ex.: "Lua, lua, lua, lua,
por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)
j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.
Ex.: Conversaram sobre futebol, religião e política.
Não se falavam nem se olhavam./ Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.A vírgula entre orações
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela
conjunção e ). Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.ATENÇÃO
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:
1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.
2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
3) quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, conseqüência, por exemplo) Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),
principalmente se estiverem antepostas à oração principal.
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - José de Alencar)
d) separar as orações intercaladas. Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar plantando..."
e) separar as orações substantivas antepostas à principal.
Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.
3- DOIS-PONTOS ( : )

a) iniciar a fala dos personagens:
Ex.: Então o chefe comentou:
- Está ótimo!

b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou seqüência de palavras que explicam, resumem idéias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Jorge, Ricardo e Alexandre.

c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

4- RETICÊNCIAS ( ... )

a) indicar dúvidas ou hesitação de quem fala.
Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta
Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de idéia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)

5- PARÊNTESES ( ( ) )

a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.
Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), morreu muita gente.
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão. “ (O milagre das chuvas no nordeste - Graça Aranha)
Dica: Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

6- PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )

a) Após vocativo
Ex.: “Parte, Heliel! “ ( As violetas de Nossa Senhora - Humberto de Campos)

b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição
Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional
Ex.: Que pena!

7- PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )

a) Em perguntas diretas
Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação
Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!

8- PONTO-E-VÍRGULA ( ; )

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma seqüência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:
  I- advertência;
 II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
 V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada.

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os
lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

9- TRAVESSÃO ( - )

a) dar início à fala de um personagem
Ex.: O filho perguntou:
- Pai, quando começarão as aulas?
b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos
- Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom
c) unir grupos de palavras que indicam itinerário
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.

Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas
Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.

10- ASPAS ( “ ” )
a)isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. ( O prazer de viajar - Eça de Queirós)

Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. ( ' ' )
   
REGRAS GERAIS DE PONTUAÇÃO

Regras de pontuação

PONTO
O ponto marca uma pausa completa. Serve para indicar o término de uma oração. O ponto marca também a passagem de um grupo a outro grupo de ideias, bem como encerra um enunciado completo.
Exemplos:
“Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre
foi a minha busca cega e secreta.” (Clarice Lispector, A paixão segundo GH.)
“Dizem que de médico e de louco todos nós temos um pouco.
Devia-se dizer ‘de médico, de louco e de repórter’ para
maior verdade do ditado”. (Érico Veríssimo, Viagem à aurora do mundo.)

PONTO-E-VÍRGULA
É um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula; marca, portanto, uma pausa média. Usa-se quando a pausa não é tão longa ou a ideia tão conclusiva que mereça um
ponto, e nem tão curta para merecer apenas uma vírgula. Serve para:
a) separar, num período, as orações da mesma natureza
que sejam relativamente longas.
Exemplo:
“Como é fácil de verificar, os organismos vivos preferem, é claro, as temperaturas brandas e estão mais adaptados às reações delicadas. É por isso que bem compreendemos a importância da atmosfera primitiva, pesada da poeira dos planetesimais; ela como que acobertou a terra (segundo Chamberlin) contra a intensidade da radiação vinda do exterior e as desigualdades da radiação do interior”.
(Érico Veríssimo, Viagem à aurora do mundo.)
b) separar os diversos itens que compõem as leis, decretos, portarias, códigos etc.
Exemplo:
Código Brasileiro de Trânsito
Capítulo XVI
Das penalidades
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
I - advertência por escrito;
II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veículo;
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.

DOIS-PONTOS
Os dois-pontos assinalam uma pausa bem definida. Servem para marcar:
a) uma citação.
Exemplo:
Em seguida ele declarou: “Diga ao povo que fico!”.
b) uma enumeração explicativa.
Exemplo:
Cheguei de volta à escola e deparei com inúmeras novidades: as paredes pintadas de novo, as carteiras novas em folha, os professores rejuvenescidos, os alunos mais alegres
e inteligentes.
c) um esclarecimento, uma síntese do que foi dito.
Exemplos:
Existe apenas uma saída: estudar muito e passar no vestibular.
“Eu estava atingindo o que havia procurado a vida toda: aquilo que é a identidade mais última e que eu havia chamado de inexpressivo”. (Clarice Lispector, A Paixão Segundo GH.)

PONTO DE INTERROGAÇÃO
JUVENTUDE. A INTERROGAÇÃO
“Mas quem é que sou afinal? E o que é que eu quero? E o que é que vai ser de mim? E Deus, existe? (...) Mas por que é que tem pobres e ricos? Por que é que uns têm tudo e outros não têm nada? (...)”
(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar e outras crônicas, 1995 p. 88-91)
O ponto de interrogação indica uma pergunta.
Exemplos:
Quem comeu o bolo que deixei aqui?
Quem é você, um homem ou um rato?
Atenção: Não se usa o ponto de interrogação em uma pergunta indireta. Veja estes casos:
Que horas são? (pergunta direta)
Diga-me quantas horas são. (pergunta indireta)

PONTO DE EXCLAMAÇÃO
O ponto de exclamação indica uma exclamação, em geral uma expressão de espanto, de surpresa, de alegria, de raiva, de dor, de súplica etc.
Exemplos:
Ai, que dor de dente!
Que susto! Você estava aí?
Normalmente é usado depois de interjeições e imperativos:
Exemplos:
Não suporto mais esse barulho. Saiam daqui!
Humm! Que delícia!

RETICÊNCIAS
As reticências marcam uma interrupção na frase e indicam que a ideia ficou em suspenso, não foi concluída. Expressam hesitação, dúvida, tristeza, alegria, sarcasmo e
outros sentimentos, bem como o corte da frase de um personagem pela interferência de outro.
Exemplos:
“Nos intervalos que nós chamávamos de vazios e tranquilos, e quando pensávamos que o amor parara...” (Clarice Lispector, A Paixão Segundo GH.)
“Não era pecado... Devia ficar alegre, sempre alegre, e esse era um gosto inocente, que ajudava a gente a se alegrar...” (João Guimarães Rosa, A hora e a vez de Augusto Matraga.)
“Macunaíma deitado na jangada lagarteava numa quebreira azul. E o silêncio alargando tudo...” (Mário de Andrade, Macunaíma.)
“– Deus está tirando o saco das minhas costas, mãe Quitéria! Agora eu sei que ele está se lembrando de mim...
– Louvor ao Divino, meu filho!” (João Guimarães Rosa, A hora e a vez de Augusto Matraga.)

ASPAS
As aspas servem para diversos fins:
a) marcar uma citação, uma frase dita por alguém.
Exemplos:
“Nós sabemos, e os fabricantes de pneus também sabem, que os preços não devem cair excessivamente para não desestimular a produção dos seringais”, disse Gerard Loyen,
vice-diretor-executivo da Inro. (O Estado de S. Paulo, 31/3/98.)
“É melhor pagar um pouco mais, que correr o risco de ficar sem estoques no futuro”, disse Attilio Scottie, diretor de Compras da Pirelli, em Milão. “É preciso manter margens razoáveis de lucro aos agricultores para que eles não parem de produzir”, acrescentou o especialista. (O Estado de São Paulo, 31/3/98.)
b) destacar um termo ou uma expressão.
Exemplos:
Estamos nos primeiros estágios da mudança do “trabalho em massa” para um altamente especializado “trabalho de elite”, acompanhada da crescente automação na produção
de bens e serviços. (Folha de S. Paulo, 2/11/97.)
Mas Luíza achava aquela música “espalhafatona”; queria alguma coisa triste, doce...
(Eça de Queirós, O primo Basílio.)
c) indicar palavras ou expressões estrangeiras.
Exemplos:
Domingo fomos comer uma boa “paella” na casa da Rose.
Ele se despediu com um sonoro “chau amore mio”.
d) indicar títulos de obras
Exemplos:
Adoro “Macunaíma”, de Mário de Andrade.
Fomos ao cinema ver “Titanic”.

PARÊNTESES
Os parênteses servem para intercalar, dentro de um texto, as indicações acessórias. Por exemplo:
a) uma explicação.
Exemplo:
“Espero que uma velhice tranquila – no hospital ou na cadeia, com seus longos ócios –, me permita um dia estudar com toda calma a nossa língua, e me penitenciar dos abusos
que tenho praticado contra a sua pulcritude. (Sabem qual o superlativo de pulcro? Isto eu sei por acaso: pulquérrimo! Mas não é desanimador saber uma coisa dessas?
Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela dama: a senhora é pulquérrima? Eu poderia me queixar se o seu marido me descesse a mão?)”
(Rubem Braga, Nascer no Cairo.)
b) uma reflexão, um comentário à margem.
Exemplos:
“Pessoalmente só merecereis o meu desprezo; porque “Juan” (ou ‘Vic’, ou ‘Parsifal’, ou ‘Dr. Cândido’?) (Rubem Braga, Eu, Lúcio de Santo Graal.)
“Tomei um quarto no Hotel Avenida em cima da Galeria Cruzeiro; mas à medida que a Galeria recuava no tempo (os bondes ainda passavam lá por baixo, eu podia ouvir seu ruído de meu quarto) e avançava na idade, completara na véspera 54 anos e não estava muito bem de saúde”. (Rubem Braga, Galeria Cruzeiro.)
“Sem falar neste relógio (quanto vale?), neste canivete preto, neste fumo de rolo e nesta vergonha na cara”. (Rubem Braga, Galeria Cruzeiro.)
c) referências a datas e indicações bibliográficas.
Exemplos:
“Das visões que me perseguiam naquelas noites compridas umas sombras permanecem, sombras que se misturam à realidade e me produzem calafrios”.
(Graciliano Ramos, Angústia.)
“Nestor Benício, dando tempo ao tempo ou imitando o irmão, continuava sem aparecer”.
(Osman Lins, O fiel e a pedra.)
d) indicar siglas.
Exemplos:
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números do censo.
O PT (Partido dos Trabalhadores) vai participar das eleições.
e) para separar as rubricas, ou indicações cênicas, em textos dramáticos.
Exemplo:
Coro (no fundo, canto) – Enforcai os generais. Ao poste com os especuladores.
Roux – Viva a Revolução! (Os quatro cantores e outros pacientes colocam-se ao redor da banheira para uma apoteose. É erguida uma coroa de folhas)
Paciente (no fundo) – Marat, não queremos cavar nossas sepulturas!
(Cena da peça Perseguição e assassinato de Jean-Paul Marat, de Peter Weiss.)

COLCHETES
Colchetes servem para intercalar dados ou expressões já separados por parênteses.
Exemplos:
“Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano.”
(Luis Fernando Verissimo, A metamorfose [p.51].)
Os colchetes são usados com mais frequência nos trabalhos
de linguística e filologia, para indicar uma palavra transcrita foneticamente.
Exemplos:
pais [pays]
tarde [tardi]

TRAVESSÃO
O travessão é basicamente empregado em dois casos: nos diálogos, para indicar as falas dos interlocutores, e num texto, para isolar palavras ou frases.
Exemplos:
“– Que é isso?
– Chouriço!
– Conta o que é.” (Mário de Andrade, Macunaíma.)
“Os ingredientes são: uma porção de caos, duas de confusão e uma pobre mãe exausta – tudo misturado com um cão latindo e balões estourando”. (Luis Fernando Verissimo, Festa de aniversário.)

SÍNTESE DAS REGRAS GERAIS DE PONTUAÇÃO
Muitas vezes, uma pontuação errada muda todo o sentido de uma frase. Por isso, a melhor maneira de saber se estamos pontuando corretamente é reler sempre os textos que escrevemos, frase por frase, dando a entonação correta em cada uma delas. Aqui sintetizamos algumas regras gerais:
a) sempre colocar ponto no final de um período e das frases, mas apenas quando elas encerram uma ideia completa;
b) colocar vírgulas entre os diversos elementos de uma enumeração;
c) não separar por vírgula o sujeito do seu verbo e o objeto direto do seu verbo;
d) sempre que abrir aspas, parênteses ou colchetes, não esquecer de fechá-los em seguida;
e) sempre colocar entre aspas as citações textuais;
f) não colocar ponto-de-interrogação ao término de uma interrogação indireta, sim ponto-final;
g) sempre isolar os apostos por vírgulas;
h) usar apenas as vírgulas necessárias; seu excesso torna o texto truncado e sem ritmo.
REGRAS DE PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como entonação, jogo de silêncio, pausas etc.

Divisão e emprego dos sinais de pontuação:

1- PONTO ( . )

a) indicar o final de uma frase declarativa.
Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) separar períodos entre si.
Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) nas abreviaturas
Ex.: Av.; V. Ex.ª

2- VÍRGULA ( , )

É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Adelanta, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula:
a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa)

A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar o vocativo. Ex.: Maria, traga-me uma xícara de café.
A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.
b) separar alguns apostos. Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.
c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.
Ex.: Chegando de viagem, procurarei por você.
As pessoas, muitas vezes, são falsas.
d) separar elementos de uma enumeração.
Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.
e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.
f) separar conjunções intercaladas.
Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.
g) separar o complemento pleonástico antecipado.
Ex.: A mim, nada me importa.
h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.
Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
i) separar termos coordenados assindéticos.
Ex.: "Lua, lua, lua, lua,
por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)
j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.
Ex.: Conversaram sobre futebol, religião e política.
Não se falavam nem se olhavam./ Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.A vírgula entre orações
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela
conjunção e ). Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.ATENÇÃO
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:
1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.
2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
3) quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, conseqüência, por exemplo) Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),
principalmente se estiverem antepostas à oração principal.
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - José de Alencar)
d) separar as orações intercaladas. Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar plantando..."
e) separar as orações substantivas antepostas à principal.
Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.
3- DOIS-PONTOS ( : )

a) iniciar a fala dos personagens:
Ex.: Então o chefe comentou:
- Está ótimo!

b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou seqüência de palavras que explicam, resumem idéias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Jorge, Ricardo e Alexandre.

c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

4- RETICÊNCIAS ( ... )

a) indicar dúvidas ou hesitação de quem fala.
Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta
Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de idéia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)

5- PARÊNTESES ( ( ) )

a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.
Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), morreu muita gente.
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão. “ (O milagre das chuvas no nordeste - Graça Aranha)
Dica: Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

6- PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )

a) Após vocativo
Ex.: “Parte, Heliel! “ ( As violetas de Nossa Senhora - Humberto de Campos)

b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição
Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional
Ex.: Que pena!

7- PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )

a) Em perguntas diretas
Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação
Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!

8- PONTO-E-VÍRGULA ( ; )

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma seqüência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:
  I- advertência;
 II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
 V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada.

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os
lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

9- TRAVESSÃO ( - )

a) dar início à fala de um personagem
Ex.: O filho perguntou:
- Pai, quando começarão as aulas?
b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos
- Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom
c) unir grupos de palavras que indicam itinerário
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.

Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas
Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.

10- ASPAS ( “ ” )
a)isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. ( O prazer de viajar - Eça de Queirós)

Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. ( ' ' )
   

terça-feira, 26 de maio de 2015

SINAIS DE PONTUAÇÃO :: Aprende Português

SINAIS DE PONTUAÇÃO :: Aprende Português

ORTOGRAFANDO...: Regras básicas de pontuação

(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({}); ORTOGRAFANDO...: Regras básicas de pontuação: Parece bobagem, mas muita gente não sabe como e quando usar corretamente a pontuação ao redigir um texto. Por isso, resolvi abordar esse as...

quinta-feira, 5 de março de 2015

Detailed Ultimate Cycler Explanation Video By Guru Keith Jones- Ultimate...





Trabalhando valores humanos-vivendoeversando

Trabalhando valores humanos - sugestões de atividades

  • Expor o projeto e explicar como será trabalhado durante o ano letivo, através da dinâmica do jogo das virtudes.
  • Montar a escada dos valores para cada turma envolvida.
  • Assistir a fita de vídeo Na era do gelo. Um filme que aborda muito bem a amizade, o companheirismo, a honestidade e a ajuda ao próximo.
  • Leitura de textos informativos e fábulas envolvendo os valores trabalhados.
  • Atividades referentes ao temas trabalhados, como: cruzadinhas, desenhos, produções textuais, interpretações, etc.
  • Avaliar semanalmente a evolução do projeto com as turmas, verificar se houve progressos, se não houve, quais os motivos.
  • Avaliação semanal do projeto pelos professores envolvidos, supervisão e orientação, tomando as medidas cabíveis para o sucesso do projeto.
  • Utilizar-se de música ambiente nas atividades.
  • Realizar dinâmicas, trabalhando reflexão e conscientização de valores, comportamento e atitudes.
  • Confecção de murais sobre valores fixados pela escola.
  • Conversas informais – aproveitando acontecimentos do dia-a-dia.
  • Relatos de experiências – atitudes de ajuda ao próximo.
  • Identificar, registrar e praticar outros valores, que adicionaremos às atividades e ao nosso dicionário.
  • Confeccionar Dicionário dos Valores – Montar um livrinho registrando o valor e o significado dele encontrado no dicionário.
  • Registrar semanalmente os erros, acertos e mudanças ocorridas.
  • Na escada dos valores, à medida que os objetivos forem alcançados pelos alunos, a turma que chegar primeiro no topo da escada, receberá como prêmio, uma tarde de cinema, pipoca e refrigerante.
  • Ao término, recomeçamos a escada dos valores novamente. (isto se o os degraus forem preenchidos até o final do ano letivo).
  • Paralelamente, acontecerá leitura semanal do livro Soprinho no Bosque Encantado, seguido de desenho da cena em questão, aonde a cada semana irão completando os quadros, à medida que o projeto se desenvolve.
  • Terminada a leitura do livro e os desenhos prontos, será reconstruída coletivamente a história, baseando-se nos desenhos realizados.
  • Cada aluno fará o seu comentário do: “como era antes” e “como é agora”.
  • Montar um livro por sala, escolhendo os melhores desenhos.
ATIVIDADES:

"O aprendizado de valores: base para a formação do cidadão."


Valores a serem trabalhados:
AMIZADE – COOPERAÇÃO – RESPEITO – RESPONSABILIDADE – DISCIPLINA – HONESTIDADE – PACIÊNCIA – DEDICAÇÃO – PARTILHA – COMPANHEIRISMO.

Histórias – a coleção: Se ligue em você, do Tio Gaspa, Centro de Estudos Vida e Consciência Editora Ltda. Alguns contos e fábulas de Esopo e La Fontaine.
“Fitas de Vídeo – “Na era do gelo”, “Direitos do Coração”, Paulinas Vídeo e “Smilingüido em Moda Amarela”, Editora Luz e Vida, “Desenhos do Pokémon”, ‘Doze é Demais”.

Dinâmicas de Grupo

Jogo das Virtudes

Baseado na atividade proposta por Selma Said em seu livro "Meu Coração Perguntou", Ed. Vozes.
Objetivo: Compreender algumas virtudes e seu papel na nossa evolução da vida.
Idade Sugerida: De 10 a 14 anos.
Material: Folha de papel Kraft, cola, tiras de papel, canetinhas, folha de questões e respostas (para o coordenador).
1) Divida a turma em duas ou três equipes e desenhe, numa folha de papel Kraft, uma escada de dez degraus para cada uma.
2) Entregue dez tiras de papel para cada equipe escrever suas respostas. As tiras devem ser da mesma altura dos degraus e largas o suficiente para caberem as palavras.
3) Explique que vamos fazer um jogo. Você dará algumas pistas para descobrir o nome de uma virtude. Cada equipe terá 20 segundos para dialogar e responder, numa palavra, a que virtude você está se referindo. Veja abaixo as dez questões e respostas:
Recreio com cores
O professor deve preparar cartões coloridos de acordo com o número de alunos.
Exemplo: 04 cartões de cada cor – azul, amarelo, verde, vermelho, branco e laranja para distribuí-los aleatoriamente entre 24 crianças.
Propõe então, um recreio diferente: " Hoje vocês passarão o recreio com os(as) coleguinhas que receberem a mesma cor do cartão que cada um de vocês receberá. É uma oportunidade de nos conhecermos melhor ainda. Será um recreio colorido, diferente e, no retorno, conversaremos sobre as experiências de cada grupo."
A professora distribui os cartões e solicita que antes de saírem para brincar e lanchar, que se organizem nos grupos e conversem sobre a cor recebida (o que ela simboliza para cada um, o que existe nessa cor...)
A reflexão após o recreio é de extrema importância para a construção de alguns valores

Correio da Amizade
Sortear entre os colegas um "Amigo Secreto", escrever para ele;
A turma e a professora vão até o correio e esperam pelo momento da revelação em casa, ou seja, o dia em que as correspondências chegarem nas residências de cada um!
Cada turma fixa uma caixa de correio (feita de caixa de sapato) no lado de fora da porta da sala de aula.
Durante um determinado período, as turmas vão trocando correspondências.
Para culminar o trabalho, pode-se planejar um piquenique entre elas.
Cada criança escreve um bilhetinho para um colega que "deixou magoado".

Cantinhos
Nos murais de sala, alguns cantinhos podem ser organizados. Exemplos: "Recadinhos do Coração" (os alunos fixam bilhetes para crianças que retornam às aulas após um período de faltas, expressam sentimentos espontâneos ou observações sobre as atitudes dos colegas, por meio da escrita ou do desenho... e a docente vai trabalhando e estimulando.)
"Galeria do posso, não posso"
Cada aluno confecciona duas telas em pintura expressando por meio de desenhos atitudes de grupo- "posso, não posso".
A professora expõe as telas e discute-se, a partir daí, as normas de atitudes entre os integrantes da turma que irão vigorar durante o período letivo.
Dessa forma, o comprometimento é maior, ou seja, são eles que elaboram, as regras.

Confeccionar dobraduras como: Avião da PAZ
Os alunos fazem a dobradura do avião, escrevem mensagens de PAZ e passeando pelo colégio, com a professora, jogam-nos pelas janelas das demais salas de aula. É só aguardar o resultado!

A Árvore da Vida
Essa dinâmica foi feita por algumas professoras em reunião com Pais.
Na sala estará exposto um desenho de tronco de árvore e na raiz está escrito: "Ser feliz"!
O professor propõe que os pais escrevam uma mensagem de 2º semestre para os filhos, ou para "tal" bimestre. Solicita, porém, que não registrem o nome da criança e que não assinem (para evitar que alunos, cujos pais faltaram à reunião, se frustrem). Os pais dobram os papéis que contém as mensagens, colocam-nos dentro das bexigas, enchem os balões e montam a árvore. Quando os alunos chegam à sala, a professora explora o "presente" deixado pelos pais com seus alunos. É uma reflexão muito válida e os alunos envolvem-se com os compromissos para o determinado período.
Os alunos podem escolher um nome para a árvore e registrar esse momento no caderno.



Dinâmica das flores

A professora chega na classe com um ramalhete de flores diversificadas e alegremente fala: "Hoje trouxe flores para cada um de vocês!
Mas por que será?
Vamos, antes, conversar sobre a beleza que cada uma destas flores possui.
João, que beleza você vê na margarida?
E você, Gisele, fale-nos o que há de bonito na camélia..."
Após toda exploração, a docente distribui as flores no meio do círculo de crianças e fala: "As flores são como as pessoas.
Uma é diferente da outra. Existe a flor vermelha, a branca, a flor comprida, a baixa...mas todas são flores e possuem a sua beleza.
Existe a pessoa gorda, magra, alta, baixa...mas todas são pessoas e possuem a sua beleza."
Nesse momento a professora pode refletir alguns valores como: respeito, a amizade e compreensão e solicitar, então, que cada aluno escolha uma das flores para levar para casa como marco dessa reflexão.
Essa é uma das muitas vivências que se pode fazer com os pais numa reunião ou explicar para a mãe, citada no exemplo acima, que essa será a estratégia utilizada pela professora.

Dinâmica: A escada de valores

Objetivo: Auxiliar  a identificar seus valores de vida e a refletir sobre os mesmos.
O que você vai precisar: Sala ampla, folhas de papel sufite, pincéis atômicos, fita crepe.
Tempo: 30 min.
O que você deverá fazer:
1.  O facilitador solicitará que os participantes a caminharem pela sala e pensarem sobre “O que é mais importante na sua vida”?
2.  O facilitador pedirá a cada adolescente que pegue 1 folha de papel e 1 pincel atômico.
3.  O facilitador pedirá que a folha seja dividida em 3 partes, no sentido do comprimento.
4.  A seguir, pedirá que, em cada papel, seja escrita 1 palavra que corresponda a um valor da vida do adolescente.  (Ex.respeito,paciência com os mais velhos,não roubar... )
5.  Enquanto isso, o facilitados marcará no chão da sala, com fita crepe, 3 degraus de uma escada.
6.  Quando todos terminaram, pedir que cada participante vá até os degraus e coloque uma tira com a palavra escrita em cada degrau(colar com fita crepe), em ordem decrescente de importância.
Ao final refletirem sobre:
a.  No inicio da dinâmica, foi difícil detectar os principais valores?
b.  Que valores aparecem mais? Que tipos de valores são?
c.   Por que eles não estão na mesma escala de prioridade?
d.  Durante nossa vida, esses valores se modificam? Por que?
e.  Qual a relação entre os valores de vida e a prevenção?
     
Resultado esperado: Os participantes terão um melhor entendimento sobre os próprios valores de vida e sobre a diversidade de valores de outras pessoas.
http://pedagogiccos.blogspot.com.br/

6 maneiras de se sentir amado-Educa Bahia

 6 maneiras de se sentir amado Nós seres-humanos temos muitas necessidades físicas, psicológicas e emocionais e entre as mais importantes, e...